terça-feira, 18 de agosto de 2015

Diário de viagem - Pré-viagem da pré-viagem (Paty do Alferes x Vassouras)

Sábado (11/07/2015)
Paty do Alferes x Vassouras (42 km)

     Olá! Esse não será considerado ainda o início oficial da nossa viagem-teste, pois tivemos que parar em Vassouras ainda por alguns dias, para fazer os ajustes finais. Mas como foi o nosso primeiro dia de bicicleta com os alforges em uma distância relativamente longe, resolvemos relatar aqui para vocês, então vamos lá!
     Após mais de 3 meses de preparativos, acordamos cedo e fomos fazer os ajustes finais para podermos sair. Após amarrar tudo nas bicicletas e despedir dos familiares, saimos com as nossas carregadas bicicletas rumo à Vassouras, primeira parada da nossa primeira viagem de bike, ainda sem saber exatamente o nosso destino.
     Saimos às onze horas da manhã, sem almoçar, pois pelo google eram apenas 40 km e pelos nossos cálculos no máximo em 3 horas estaríamos descansando em Vassouras (sabe de nada, inocente! hehehe). Andávamos sempre com facilidade 30 km de distância em estrada asfaltada e sem alforges e pensamos que 40 não seria muito difícil. Resolvemos ir por uma estrada de terra que passa por um lugar chamado São Sebastião dos Ferreiros, pois assim não passaríamos pela movimentada rodovia RJ-125 e também porque algumas pessoas nos disseram que por alí era tranquilo: pegava uma subidinha no início e depois era "só descida", ou seja, bem rapidinho.

     Logo nos primeiros quilômetros já sentimos a dificuldade de se carregar mais de 20 kg de bagagem extra na bike, dentro e fora de nossos improvisados alforges, abarrotados até em cima (hehehe). Chegando em Miguel Pereira, a próxima cidadezinha do nosso trajeto, saimos um pouquinho da nossa rota para trocar uma peça em uma loja de bicicleta e depois seguimos até a entrada da estrada de Ferreiros. Resolvemos parar para fazer um lanchinho no início da "subidinha" que haviam falado, pois já eram 1 hora da tarde e dali pra frente era só estrada de terra.
     Lanchamos e seguimos em frente, começando a nossa subidinha, mas a cada nova curva descobríamos uma nova subida e mais e mais subidas que não paravam de surgir. Pelo nosso computador de bordo foram praticamente 6 km de subida ininterrupta, que para nós, com todo o peso que carregávamos, nos dava a sensação de estar carregando outra pessoa na garupa. Até descemos e empurramos as bikes por um tempo, para descansar as perninhas que já estavam ardendo de cansaço.
     Enfim, chegou o final das subidas e pensamos: beleza, agora é só descer! Mal começamos a descer e lá estavam elas de novo, as subidas voltaram. Subimos, descemos, e continuamos assim por um bom tempo. Paramos um pouco para tirar umas fotos em uma paisagem bonita e fazermos mais um lanchinho e colocamos as bikes no descanso central. Em uma distração, a bike do Luíd desequilibrou por causa do peso e caiu. Levantamos ela e seguimos em frente.
     Chegamos em Ferreiros, já às 4 e meia da tarde e descobrimos que a altitude do lugar era a mesma de Miguel Pereira, a cidade onde começava nossa estradinha de terra, ou seja, havíamos subido e descido por todo esse tempo e ainda estávamos na mesma altitude, nossas descidas nem haviam começado ainda.
     Continuamos nosso caminho já preocupados com a hora, cansados e com fome, pois ainda não havíamos almoçado - estávamos à base de lanchinhos, petiscos e muita água. Ao seguir em frente, percebemos que por causa da queda da bike do Luíd de antes, as muitas malas que estavam amarradas no bagageiro tinham entortado, trazendo assim mais dificuldade e até mesmo um pouco de dor na coluna. Ajeitamos da forma que deu e seguimos em frente. A partir dalí sim, pegamos algumas compensadoras descidas (mas as subidinhas sempre lá) e após mais quase 1 hora e meia de pedalada voltamos para a estrada asfaltada.
     Que alegria poder passar dos 15km/h, pois na estrada de terra se chegássemos a essa velocidade, mesmo na descida, parecia que as bicicletas iam desmontar, de tanto que chacoalhavam e batiam tudo! A partir dali já estava praticamente de noite, e com a falta de luz, tivemos que usar a lanterna do nosso celular para clarear o caminho, pois como pensamos que a viagem seria rápida, ainda não tínhamos instalado os faróizinhos das nossas magrelinhas. Por sorte, logo à frente os postes começaram a surgir e, junto com eles, a nossa alegria de saber que já estávamos pertinho. Após mais alguns poucos quilômetros, a certeza de que já estávamos em Vassouras: paralelepípedos, o piso oficial da cidade, nos davam as boas vindas. Finalmente chegamos em Vassouras às 6 e meia da noite, após 7 horas e meia de viagem (que vergonha!rsrsrs). Comemos nosso almoço/janta e fomos descansar nossos corpinhos doloridos para terminarmos de arrumar as coisas e podermos então nos preparar para seguir viagem para a próxima cidade.


Saindo de Paty

Bikes carregadas (ainda sem os alforges dianteiros)

Let's go!

Paradinha para o lanche na divisa

Rumo ao horizonte...

Sorria :)

Primeiro tombo da magrela (por azar, ainda quebrou nosso bastão de selfie)

São Sebastião dos Ferreiros

Essa é uma das nossas favoritas

Chegando em Vassouras, já com a noite caindo

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Um comentário:

  1. Super curti o relato pessoal! Que os bons ventos acompanhem vcs! beijo imenso!

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