terça-feira, 18 de agosto de 2015

Diário de viagem - Pré-viagem (um girinho até Minas Gerais #1)

Sexta-feira (17/07/2015)
Vassouras x Pentagna (52 Km)

     Malas prontas, bicis revisadas, garrafas de água cheias, e pronto! Saímos de Vassouras em direção à Minas Gerais, terra do pão de queijo, para uma viagem de aproximadamente 1 mês, sem muita preparação física pra isso, nem hotel reservado (na verdade, nem poderíamos pagar hotel, rsrsrs), e muito menos, dinheiro sobrando para fazer uma viagem com confortos. Mas fomos, pois o importante é estar na estrada. Nosso primeiro objetivo era chegar à Rio Preto, primeira cidade de MG, e seguir até Santa Bárbara do Monte Verde, onde já teríamos lugar pra ficar. O objetivo dessa viagem era fazer um teste, para sabermos se conseguiríamos gastar bem pouco, sem pagar hospedagem e cozinhando nossa própria comida sempre que possível, priorizando as compras de mercado.

     Pegamos estão a estrada para Barão de Juparanã, primeiro lugarzinho no caminho. Até lá muitas descidas, 8 Kms bem tranquilos. Passamos por uma ponte que divide espaço com um trem, nós na frente e os carros atrás, nos acompanhando a no máximo uns 20 Km/h, sem poderem nos passar (hehehe). Saindo dalí, já veio logo nos dar as boas vindas ele, o subidão, e depois viriam várias subidas e descidas que ainda estamos nos acostumando a passar de bicicleta gordinha, cheia de malas.
     Passamos por um bêbado no caminho, e logo em seguida paramos para comer uns biscoitinhos. Daqui a pouco lá vem o bêbado passando pela gente, cambaleando no meio da pista e conversando sozinho. Seguimos mais um pouquinho, passamos por ele e mais pra frente paramos mais uma vez para usar um banheirinho de arbusto bem convidativo para um pipi (rsrsrs). Passado um tempo, quem passa por nós de novo? O bêbado! Gente, ou ele anda muito rápido ou nós somos muito lentos! Passamos ele novamente e fomos embora para Valença para almoçar.
     Depois de muitas paisagens bonitas, carros abandonados que viraram vasos de plantas e poucos carros na estrada, chegamos na entrada para Valença, já verdes de fome, pois já eram 2 horas da tarde. Paramos para almoçar em um restaurante muito simpático de beira de estrada, fomos muito bem atendidos, dividimos um pratão de comida e gastamos nosso primeiro dimdim da viagem: R$10,00 do almoço e mais R$ 3,50 num refri de 2 litros. Saímos dali muito bem alimentados, e seguimos até Valença, para encher nossas garrafinhas de água, descansar um pouquinho e tirar umas fotinhas da praçinha da cidade.
     Saindo dali já eram mais de 3 horas da tarde e concordamos em pedalar por mais 1 hora e começar a procurar um lugar para montar o nosso primeiro acampamento, pois percebemos que não daria tempo de chegar em Rio Preto no mesmo dia. Começamos, então, nossa busca por um cantinho para passar a noite, pensando em como faríamos isso - teríamos que ativar nosso modo cara-de-pau. Passamos por muitas fazendas vazias e paramos para a nossa primeira tentativa, perguntando para um senhorzinho que estava saindo de uma casa, se ele sabia de um lugar que pudéssemos acampar. Ele não entendeu a indireta e falou que mais para frente teria. Primeira tentativa falhou. Seguimos mais um pouco e vimos uma casa com um senhor varrendo a varanda. Demos meia volta para puxar assunto com ele, mas tinha um cachorro na frente que começou a fazer uma cara de muito brabo e latir para nós. Ficamos com medo e fomos embora.
     Nisso, já tinha se passado mais uma hora e já estávamos preocupados com o horário, pois em mais uns 40 minutos iria escurecer. Vimos então uma plaquinha: "Pousada à 3 Km". Fomos lá tentar. Descemos uma rua procurando a pousada e depois de pedir informação, encontramos. Era uma pousada lindinha, chamada "pousada cachoeira de Pentagna". Chamamos o dono e explicamos que estávamos viajando de bicicleta e que achamos que chegaríamos em Rio Preto antes de escurecer, mas não deu tempo, e perguntamos, no descaramento, se ele nos permitiria montar nossa barraca em algum lugar que não incomodasse, para passarmos apenas aquela noite. Deixamos bem claro que não íamos dar trabalho algum, que tínhamos tudo que precisávamos em nossas bagagens: comida, água, equipamentos e etc. Queríamos somente um lugar seguro para descansar. Ele perguntou se não queríamos um quarto, nós dissemos que estávamos sem dinheiro e ele disse: "Tudo bem, podem colocar alí no campo de futebol". Graças a Deus, nosso primeiro cantinho de grama para dormirmos quentinhos, ainda com banheiro e tudo isso de graça! Montamos nossa barraca, jantamos massas com frutos do mar (miojo com atum hehehe) e dormimos ao som da cachoeira para embalar melhor nosso soninho.

Hora da partida

Achamos um pé-de-trator

Porteira para a tranquilidade

Valença - RJ

A caminho de Minas

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